O começo é sempre difícil para qualquer novato. No caso de um trainee, a situação pode se complicar, por conta do comportamento arrogante que alguns sustentam. Para Roberto Hasil, trainee da Souza Cruz, em todos os lugares existem pessoas que são mais abertas ou fechadas, portanto, cabe a cada integrante do programa descobrir uma maneira para enfrentar resistências.
“Em vez de só conversar com o operador de máquina para saber quais botões ele aperta e o que ele faz, quando você senta com ele na hora do almoço para jogar dominó, abre três botões da camisa e põe a mão na mesa, o cara cria uma outra conexão com você”, exemplifica, com um caso vivido por ele em Uberlândia (MG). “Isso permite ter um aprendizado não só técnico, mas de como lidar com as pessoas”, conclui.
Victor França, trainee da Johnson&Johnson, conta que o programa está sofrendo adaptações dentro da empresa e os participantes têm que tomar cuidado com a imagem que transmitem aos funcionários. “Eu me lembro de uma frase que a diretora de RH falou no primeiro dia: vocês têm que aprender de andar de salto alto num pé e chinelo no outro”, brinca.