Ritmo de corrida superior ao de volta lançada fez alemão ganhar 116 posições em pista
Graças a seu impressionante desempenho nas fases iniciais da maior dos GPs, Michael Schumacher fechou 2011 como o piloto que mais fez ultrapassagens durante a última temporada da F1. As várias posições ganhas pelo alemão nas primeiras voltas o ajudaram a superar Sébastien Buemi, que liderava o ranking no meio do ano, para ficar com a coroa.
De acordo com estatísticas divulgadas pela equipe Mercedes, o heptacampeão realizou um recorde de 116 ultrapassagens ao longo do ano, duas a mais que o suíço da Toro Rosso.
O fato de Schumacher ter tido dificuldades em voltas de classificação e largado muitas vezes em colocações aquém do que seu carro era capaz de proporcionar também contribuiu para inflar os números finais. Por isso, boa parte das suas ultrapassagens feitas pelo alemão aconteceram já no primeiro stint.
Em 2011, Schumacher apresentou um ritmo de corrida tão bom quanto o do companheiro Nico Rosberg, conseguindo recuperar rapidamente aos domingos o trabalho perdido no sábado, algo que elucida o progresso demonstrado pelo maior campeão da história da categoria desde seu retorno às pistas.
As maiores estatísticas ficaram nas mãos de competidores do meio do pelotão, mostrando que, para quem corre por equipes medianas, as oportunidades de ultrapassagem surgem com mais frequência. Isso também explica o motivo pelo qual o campeão Sebastian Vettel terminou com o quarto pior ranking, contabilizando apenas 27 manobras de ganho de posição. Afinal, Vettel quase sempre largava e passava os GPs na ponta.
Os dados da Mercedes foram calculados pelo departamento de estratégia do time alemão, baseados em vídeos, dados de telemetria e tecnologia GPS, sendo portanto, uma análise mais complexa do que um simples gráfico de voltas.
Eles mostram que o ano foi encerrado com um total de 1.486 ultrapassagens nas 19 etapas. Entretanto, se descontarmos as trocas de posição ocorridas na primeira volta, 150, e aquelas motivadas por um problema no carro do adversário, 124, teremos um total de 1.212 manobras em toda a temporada.
Para garimpar ainda mais as estatísticas e encontrar as ultrapassagens genuínas, descontamos aquelas realizadas sobre as três piores equipes do grid (Lotus, Virgin e Hispania), 310, e as efetuadas entre companheiros de equipe (pois podem ter sido facilitadas), 80, e chegamos ao total de 822.
Dessas, 452 são consideradas normais, enquanto 370 ocorreram devido ao uso da asa móvel, dispositivo acrescentado este ano ao regulamento. Isto significa que o DRS foi responsável por 45% do total de ultrapassagens de 2011.
Na análise específica de cada GP, o da Turquia registrou o maior número: 85. Logo após, vem o do Canadá, 79, e o da China, 67. Mônaco ficou na lanterna, com apenas 16 ultrapassagens computadas. Austrália, 17, Índia e Brasil, 18 cada, completam o grupo das quatro piores.
Istambul também se notabilizou por ter sido a pista cujo impacto da asa móvel foi mais sentido, já que 50 trocas de posição ocorreram por meio do uso do dispositivo, mesmo número alcançado em Yas Marina, sede do GP de Abu Dhabi. Nesse quesito, Xangai voltou a aparecer em terceiro, com 37, logo à frente do GP da Espanha, em Barcelona, com 29.
Ainda de acordo com o cômputo, Monte Carlo, Melbourne, Silverstone e Brasil ficaram na rabeira, registrando duas, cinco, seis e sete ultrapassagens proporcionadas pelo DRS, respectivamente.
Ranking dos dez pilotos que mais fizeram ultrapassagens em 2011 na F1:
1º. Michael Schumacher (Mercedes), 116
2º. Sébastien Buemi (Toro Rosso), 114
3º. Kamui Kobayashi (Sauber), 99
4º. Jaime Alguersuari (Toro Rosso), 94
5º. Pastor Maldonado (Williams), 91
6º. Paul di Resta (Force India), 90
7º. Sergio Pérez (Sauber), 87
8º. Rubens Barrichello (Williams), 86
9º Jenson Button (McLaren), 85
10º. Felipe Massa (Ferrari), 82