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Henrique519

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Ex-vice da Fifa diz ter pago um dólar por direitos de TV da Copa

30/12/2011 00:21

 

O ex-vice-presidente da Fifa Jack Warner, 78, disse ter conseguido os direitos de TV da Copa do Mundo da França, em 1998, para Trinindad e Tobago por um dólar (na cotação de hoje, R$1,86) para ajudar Joseph Blatter a se eleger presidente da Fifa em uma campanha que disse ter sido "brutal".

Nascido em Trinindad e Tobago, Warner pediu demissão da entidade que rege o futebol mundial em junho, para evitar a investigação de seu papel na organização de pagamentos para os eleitores do Caribe durante eleição de Blatter, em 1998.

O dirigente disse nesta quinta-feira, em comunicado, que ganhou os direitos por meio de uma empresa mexicana e que teria conseguido o mesmo benefício para as Copas de 2002, 2006, 2010 e 2014. O dinheiro que Warner ganhou com o negócio, segundo ele, teria sido revertido em benefício do futebol em seu país. A Fifa não se manifestou sobre as declarações.

Shirley Bahadur-2.jun.11/Associated Press
Jack Warner durante entrevista em Trinidad e Tobago, em junho
Jack Warner dá entrevista em Trinidad e Tobago, em junho

HISTÓRICO
Jack Warner foi protagonista de um vídeo divulgado pelo jornal inglês "The Daily Telegraph" em que ele supostamente oferece suborno aos dirigentes da Federação de Futebol do Caribe (CFU, na sigla em inglês) em nome de Bin Hamman.

Warner era um dos cabos eleitorais do qatariano Mohamed Bin Hamman (que tinha planos de concorrer a eleição da entidade em junho passado).

No vídeo, datado de 11 de maio deste ano, a imagem de Warner não é mostrada nenhuma vez. Ouve-se apenas uma voz, que segundo o "The Daily Telegraph" seria do dirigente de Trinidad e Tobago. Ele indica como os cartolas devem lidar com os presentes em dinheiro oferecidos por Bin Hamman --embora ele não seja nomeado diretamente.

O suíço Joseph Blatter foi reeleito em junho, sem adversários. Em 23 de julho, Bin Hamman foi expulso da Fifa pelo Comitê de Ética da entidade, após dois dias de audiência. Antigo aliado de Blatter, Bin Hamman foi o líder da campanha que fez do Qatar o organizador do Mundial-2022.