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Testemunhas chegam à comunidade de Nova Iguaçu, no Rio, para reconstituição do caso Juan

08/07/2011 12:25

 

Testemunhas chegam à comunidade de Nova Iguaçu, no Rio, para reconstituição do caso Juan

 

Agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro que participam da reconstituição da morte de Juan Moraes, 11, na comunidade do Danon, na Baixada Fluminense do Estado, informaram que pelo menos três testemunhas do crime já chegaram ao local da simulação.

 

O início dos trabalhos estava marcado para 10h desta sexta-feira (8), mas atrasou.
Há intensa movimentação de policiais, jornalistas e curiosos nas proximidades da rua Maurício Danon, suposto local do crime. A reconstituição deve acontecer durante todo o dia.

Cerca de 60 homens da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) isolaram a comunidade. Todos os acessos estão bloqueados. A Polícia Civil ainda não confirmou a presença dos 11 policiais do 20º Batalhão de Polícia Militar (Mesquita) que participaram da operação na qual o menino foi morto.

O corpo do menor foi enterrado nesta quinta-feira (7) no cemitério de Nova Iguaçu. O óbito do garoto, que estava desaparecido desde o final de junho, só foi confirmado nesta quarta-feira (6). O sepultamento foi antecipado em um dia por medida de segurança.

Juan sumiu após uma incursão realizada no dia 20 de junho por policiais militares para combate ao tráfico de drogas na comunidade.

Precipitação na perícia

Após a primeira perícia realizada na ossada, uma perita do Posto Regional de Polícia Técnica Científica (PRPTC) de Nova Iguaçu concluiu que se tratava de uma menina. Porém, teste de DNA comparando material genético de parentes de Juan com amostra colhida no chinelo que o garoto usava no dia do desaparecimento comprovaram a identidade da vítima.

De acordo com Sérgio Henriques, diretor de Polícia Técnica, quando se trata de uma pessoa adulta é possível distinguir o sexo através da análise da ossada, mas no caso de uma criança ou de um adolescente, tal identificação se torna muito mais difícil. Na visão de Henriques, a perita se precipitou.

A Corregedoria da Polícia Civil vai apurar os documentos assinados pela perita que atestou erroneamente o sexo da vítima. A corregedoria também vai apurar os detalhes da investigação comandada pela 56ª DP (Comendador Soares). O delegado Cláudio Nascimento foi afastado.

O diretor de Polícia Técnica afirmou ainda que a identificação da causa mortis de Juan é muito complexa neste momento e possivelmente não será determinada com exatidão porque não havia marca de tiro na ossada do garoto.

De acordo com a polícia, testemunhas disseram que Juan foi alvejado no pescoço, região vital que pode ser atingida sem deixar marca nos ossos. Outro fator que dificulta a determinação da causa da morte é o avançado estado de decomposição no qual os restos mortais do garoto foram encontrados.

PMs afastados das ruas

Uma sindicância foi aberta na PM para apurar se os policiais que participaram da ação na favela estão envolvidos no desaparecimento de Juan. A sindicância ainda não foi concluída. Os policiais não foram punidos, mas estão afastados das ruas e realizam apenas trabalhos internos.

Um teste de luminol encontrou marcas de sangue na viatura da PM utilizada no dia do tiroteio. No entanto, ainda não se sabe se o sangue é do garoto.

Os depoimentos dos 11 policiais militares investigados no caso foram tomados na noite de terça-feira (5) e duraram cerca de 13 horas na Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense. O delegado titular da unidade, Ricardo Souza, não revelou o teor dos depoimentos.

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