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Sete bueiros do centro do Rio estão prestes a explodir, diz Crea após vistoria; prefeito convoca reunião quer saber mais aceese www.uol.com.br

08/07/2011 19:29

 

Sete bueiros do centro do Rio estão prestes a explodir, diz Crea após vistoria; prefeito convoca reunião

O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) identificou nesta sexta-feira (8) que sete bueiros da região central do Rio de Janeiro estão prestes a explodir. O instituto chega a mencionar que “as chances são de 100%” caso alguma centelha seja acesa no local.

Cinco deles estão localizados na rua Uruguaiana, entre a rua Sete de Setembro e a rua da Alfândega, e os outros dois ficam nas ruas da Assembleia e Sete de Setembro. A informação foi confirmada depois de uma vistoria em 21 bueiros realizada nesta manhã em conjunto com técnicos da concessionária de fornecimento de energia elétrica da cidade, Light.

Assustado, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) decidiu convocar uma reunião de emergência para discutir o assunto.

Ainda segundo o Crea, quatro bueiros não apresentaram indícios de gás e o restante foi considerado insalubre, ou seja, apesar de não oferecer riscos para a população, apresenta condições impróprias caso algum funcionário precise descer e realizar algum reparo.

O Crea adotou um novo procedimento para realizar a pesquisa: a utilização do "explosímetro", um moderno aparelho que identifica a presença de gás na rede subterrânea. O estudo considera a probabilidade de explosão caso alguma centelha seja acesa nas proximidades de cada bueiro.

O engenheiro do Crea, Luiz Consenza, afirmou que a Light não deve ser a única responsabilizada pela explosão dos bueiros. “A origem desse gás tem que ser identificada, mas há enorme possibilidade de que seja da CEG [Companhia Estadual de Gás]. Para que uma explosão ocorra é necessário oxigênio, gás e um elemento que faça a ignição, que pode ser um fósforo ou um curto-circuito. A presença de 5% a 15% de gás já oferece risco. O que ficou comprovado é que independentemente da quantidade, foi constatada a presença de gás no subsolo da cidade. Não importa, nesse momento, apontar culpados, mas sim, encontrar uma solução para que isso não ocorra.”

Mapa mostra locais onde bueiros explodiram no Rio de Janeiro em 2010 e 2011

Na próxima semana, em data a ser definida, o Crea deve vistoriar bueiros no bairro de Copacabana.

Reunião

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), se reúne nesta sexta-feira (8) com representantes da CEG, do Crea, do Ministério Público e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O encontro foi marcado em caráter de urgência depois que o Crea identificou pelo menos cinco bueiros do centro da cidade com 100% de chances de explosão. O prefeito pretende cobrar uma postura mais ativa das concessionárias de fornecimento de energia elétrica e gás "para garantir a segurança da população".

4.000 bombas-relógio

A rede subterrânea de fornecimento de energia elétrica da Light pode ter até 4.000 bueiros com risco de explosão, de acordo com o levantamento feito pelo Ministério Público.

Desses, cerca de 1.770 precisam de reparos em caráter emergencial. A empresa assinou na quarta-feira (6) um Termo de Ajustamento e Conduta (TAC), pelo qual será obrigada a reformá-los até dezembro deste ano.

Segundo o promotor Pedro Rubim Borges Fortes, os pontos de maior risco estão localizados em ruas do centro e da zona sul. O Ministério Público possui uma relação numérica dos bueiros -que já estão sendo vistoriados-, mas não pretende divulgar a lista com o objetivo de não desencadear uma desvalorização em tais áreas.

A reforma de todas as 4.000 câmaras que oferecem perigo maior à população e ao patrimônio da capital fluminense será realizada em três

fases: reestruturação e modernização dos equipamentos, instalação de sensores e, posteriormente, transmissão dos dados coletados a uma central de monitoramento.

Multa de R$ 100 mil

O TAC firmado entre a Light e o Ministério Público prevê uma multa de R$ 100 mil a cada bueiro que vier a explodir nas ruas da capital fluminense. A penalidade será aplicada de forma independente ao saldo de cada incidente, isto é, mesmo que a explosão não cause danos ou vítimas.

Segundo o Ministério Público, o acordo não funcionará de forma retroativa e foi projetado para obrigar a concessionária de fornecimento de energia elétrica a aperfeiçoar suas câmaras subterrâneas.

A ideia do MP é aplicar a verba obtida com as possíveis multas pagas pela Light em um fundo de defesa do consumidor. O TAC passará a valer a partir da homologação da 4ª Vara Empresarial, o que deve acontecer o mais rápido possível, segundo o MP.

A ideia inicial do Ministério Público –e que chegou a ser sugerida à Justiça– era cobrar multa de R$ 1 milhão a cada bueiro que explodisse na cidade, mas o valor foi considerado exagerado.