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Henrique519

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Mais de 90% dos ginecologistas e obstetras aderem à paralisação, segundo Associação

01/09/2011 22:53

  • Ginecologistas e obstetras paralisam atendimento a planos de saúde

    Ginecologistas e obstetras paralisam atendimento a planos de saúde

Ginecologistas e obstetras do Estado de São Paulo começaram hoje (1) a paralisação de três dias ao atendimento a planos de saúde com mais de 90% de adesão, segundo a Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (Sogesp). Durante Congresso da entidade, os médicos reforçaram o protesto distribuindo pedaços de pizza, cujo valor eles comparam ao da consulta ginecológica.

Segundo a diretora, Maria Rita Mesquita, a ideia é chamar a atenção para a desvalorização do trabalho médico: "O que ganhamos hoje não paga uma pizza". "Isso mostra a indignação dos profissionais quanto aos honorários aviltantes".

Proposta

A proposta da Sogesp para as operadoras de planos de saúde consiste nos seguintes pontos: adoção da CBHPM 2010 para todos os procedimentos e R$ 80,00 para as consultas; fixação de um critério de reajuste anual nos contratos com os credenciados; além do fim das interferências que prejudicam a assistência adequada às pacientes.

A interrupção da prestação de serviços aos planos abrangerá somente os atendimentos eletivos. As urgências e emergências estarão garantidas.

“A paciente pode ficar tranquila, pois daremos todo o suporte que necessitar. Aliás, já faz quase dois meses que orientamos os colegas a remarcar as consultas e procedimentos eletivos para outras datas, de forma a evitar eventuais transtornos”, informa Maria Rita de Souza Mesquita, coordenadora da Comissão de Honorários Médicos da entidade. “Nosso movimento, sempre é bom frisar, busca a defesa dos direitos de assistência adequada dos cidadãos, além da valorização profissional.”

Movimento Estadual

Em setembro inicia-se o rodízio da suspensão do atendimento a planos de saúde aprovado em assembleia estadual dos médicos de São Paulo em 30 de julho. Os primeiros a parar serão os ginecologistas e obstetras.

Em seguida, interromperão o atendimento a um determinado grupo de planos a otorrinolaringologia (8 a 10 de setembro), pediatria (14 a 16 de setembro), cardiologia (16 a 19 de setembro), ortopedia e traumatologia (19 e 20 de setembro), pneumologia (21 a 23 de setembro) e cirurgia plástica (28 a 30 de setembro). A anestesiologia acompanhará as especialidades paradas não fazendo procedimentos das mesmas.

A Sociedade lembra que recente pesquisa Datafolha, encomendada pela Associação Paulista de Medicina e Associação Médica Brasileira, registra que 8 em cada 10 médicos brasileiros sofrem interferência para reduzir pedidos de exames e de internações, para antecipar altas, entre outros problemas.

Segundo a entidade, outro artifício são as propostas de remunerar melhor o profissional que solicite menos exames ou procedimentos diversos, conhecido pelo nome de “pagamento por performance”.