Um casal e três filhos estão vivendo há pelo menos cinco anos dentro de um banheiro em Presidente Epitácio (675 km de São Paulo). O local fazia parte de uma antiga escola e foi dividido em sala, que vira o quarto dos adultos à noite, cozinha e um quarto para os três jovens.

“É um lugar diferente para morar, mas o mais certo mesmo é uma família morar numa casa, e não num banheiro”, afirmou Romilda Rodrigues. Ela, o marido e os filhos se mudaram de Bauru (345 km de São Paulo) para Presidente Epitácio há dez anos. Como não tinham condições de pagar aluguel, se mudaram para o banheiro, que fica próximo de uma favela.

Milton Paiva, o chefe do lar, vive de bicos. A família aguarda a entrega de uma moradia de dois quartos que será construída num conjunto habitacional próximo de onde vivem. A casa é uma das 62 moradias que estão sendo feitas pelo município para abrigar famílias que vivem na favela da Casquinha. A entrega está prevista para novembro.

Segundo Dulce Mara Rizzatto Menezes, 48, secretária da Assistência Social, o casal e os filhos recebem recursos públicos para sobreviver, além de uma cesta básica mensal. De acordo com a secretária, a família é contemplada com o Bolsa Família (R$ 134), Renda Cidadã (R$ 80) e com o Ação Jovem (R$ 80).

Os filhos de Romilda e Paiva têm idades que variam de 12 a 17 anos e frequentam a escola. “Muitas famílias foram morar lá na favela quando souberam que a prefeitura ia distribuir casas no programa de desfavelamento. Os barracos serão demolidos, e o local vai virar uma praça.”