O basquete brasileiro finalmente chegou a Mar del Plata. Depois de uma primeira fase sofrível, com três vitórias jogando mal e uma derrota, o time nacional fez uma boa apresentação pela primeira vez no Pré-Olímpico das Américas e abriu a segunda etapa da competição com um convincente triunfo sobre o Uruguai nesta segunda-feira por 93 a 66. Foi uma apresentação com todos os requisitos tão cobrados pelo técnico Rubén Magnano, Uma defesa agressiva, que em alguns momentos chegou a ser impenetrável, eficiência no contra-ataque e bom desempenho coletivo. Até mesmo os reservas participaram bem, com destaque para os 21 pontos de Vitor Benite. O resultado foi o melhor desempenho do Brasil no torneio e o triunfo pela maior margem de pontos. Além da boa atuação, a vitória sobre os uruguaios serviu para evitar que o Brasil se complicasse logo de cara na briga por uma vaga nas semifinais. O time verde-amarelo chegou aos sete pontos e aparece na terceira colocação, empatado com Porto Rico e República Dominicana. O Brasil iniciou a partida com um fato preocupante. Logo nos primeiros minutos Alex sentiu dores no ombro e foi substituído por Vitor Benite. O jovem, porém, entrou muito bem e foi o destaque do quarto inicial com oito pontos. Marcelinho Huertas também entrou mais ligado do que nos jogos anteriores e, com passes precisos, ajudou o time nacional a abrir 25 a 16 no primeiro período. Alex voltou para a quadra no segundo período e o Brasil apresentou a defesa agressiva que havia aparecido poucas vezes neste Pré-Olímpico. O time só não ampliou ainda mais sua vantagem por causa de um baixo aproveitamento nos arremessos, principalmente com Tiago Splitter, que errou três cestas fáceis debaixo do garrafão. Ainda assim, a boa marcação fez com que os comandados de Magnano fossem para o intervalo vencendo por 42 a 34. A pausa não esfriou a seleção brasileira, que voltou arrasadora para o terceiro quarto e marcou 11 pontos consecutivos, obrigando o técnico do Uruguai Gerardo Jauri a pedir dois tempos. A pausa de nada adiantou. O time verde-amarelo manteve o forte ritmo e, mesmo com a entrada dos pouco utilizados Nezinho e Caio Torres, chegou a 70 a 46 ao fim do período. Com a larga diferença no placar, Magnano sequer mandou de volta à quadra os titulares durante todo o último período. Apesar de muitos erros, a formação reserva soube administrar a vantagem sem sustos até o fim. Antes de enfrentar as pedreiras Argentina e Porto Rico para definir sua classificação às semifinais, o Brasil terá mais um adversário teoricamente tranquilo pela frente. Os comandados de Magnano entram em quadra nesta terça-feira para enfrentar o Panamá, às 20h30. O Uruguai busca a reabilitação contra a República Dominicana, às 14h.
Brasil teve defesa agressiva, eficiência no contra-ataque e bom desempenho coletivo